Somente neste Campeonato Brasileiro, o VAR da CBF já anulou três gols dignos de concorrer ao Prêmio Puskás da Fifa de gol mais bonito do ano.
Teria sido bem-sucedido, mesmo com dor, se tivesse acertado nas decisões, mas errou nas três.
Errou porque ainda não aprendeu a seguir o espírito da regra e procura pelo em ovo.
O primeiro erro foi cometido contra Rony e seu espetacular gol de bicicleta contra o Atlético Mineiro, no Mineirão. Não satisfeita em invalidar o lance, a comissão de arbitragem se perdeu em mil explicações para detalhar o inexplicável e faltou com o bom senso de perceber que Rony não teve nenhuma vantagem sobre o zagueiro Jemerson.
Erro cometido no dia 28 de maio no palco mineiro, a arbitragem sem noção reincidiu agora na casa verde, em 27 de agosto, quando Paulinho, do Vasco, fez um golaço sensacional de fora da área em rebote de Richard Ríos. A estupidez varzeana descobriu um impedimento minucioso de Vegetti no lance vencido.
E, para pedir gol no Fantástico, o VAR voltou a agir como serial killer na Vila Belmiro, na última quinta-feira (26), terceiro assassinato do futebol bonito no gol de Marcos Leonardo, do Santos, fruto de um belo domínio no peito de costas para a meta, com o controle do pé direito para a finalização de canhota que balançou a rede do Coritiba.
O chefe da comissão de arbitragem da CBF, Wilson Seneme, auxiliado pelo tal Péricles Bassols, que conseguiu a proeza de ser pior comentarista de arbitragem na TV do que foi como árbitro, deveria pedir demissão.
Ou mudar de sobrenome.
Ninguém tem o direito de matar a alegria de artistas, capazes de obras tão magníficas, ao analisar com frieza assassina linhas inconclusivas ou interpretações estapafúrdias.
Esqueça, por enquanto, o prejuízo do Palmeiras, aqui compensado dois meses depois, ou o do Vasco e do Santos.
Pense nos autores dos gols, frustrados pelo apito arbitrário de pessoas mal treinadas, mal comandadas, mal amadas.
Seneme, Seleme, Celeuma. Abaixo da crítica.
Desespero em Itaquera
Protagonistas da decisão do Campeonato Brasileiro de 2002, Corinthians e Santos se enfrentam no fim de tarde, começo de noite, deste domingo (29).
Sem olhar sonhador para a parte de cima da tabela de classificação, ao contrário, diante do pesadelo da parte de baixo.
O motivo para chegarem a tal ponto tem uma, e apenas uma, explicação: ambos têm sido geridos ao longo dos anos por pessoas que só mancham camisas brancas repletas de glórias no passado, cada vez mais distante – no caso dos praianos, ainda pior do que no caso dos paulistas.
Não há treinador milagroso para salvá-los, e a constante troca de técnicos em ambos os clubes é a maior prova disso.
A aposta na salvação é mais baseada na fragilidade dos adversários, ainda piores, do que na própria competência.
Tanto o Santos quanto o Corinthians teriam na SAF um caminho para voltar a ser competitivos, o Santos por meio do modelo mais atual, e o Corinthians se abrindo à possibilidade de que, através da Bolsa de Valores, os milhões de fiéis assumam o papel de donos do clube.
Já houve propostas no Parque São Jorge, mas foram recusadas pelos que não estão dispostos a abrir mão nem do poder, nem de resolver seus próprios problemas financeiros.
Resta aos torcedores torcerem para que o improvável veterano e alto zagueiro Gil salve o Corinthians novamente.
Ou para que o endiabrado e baixinho atacante Soteldo salve o Santos.
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