Para o novo encontro do Conselho, diplomatas afirmam que é improvável que haja tempo ou acordo para a proposta de uma nova resolução. A intenção é que a reunião sirva como uma atualização para os membros da ONU sobre a situação em Gaza, um dia após Israel iniciar o que eles chamam de uma nova fase de ataques. Além disso, governos aproveitarão para denunciar a situação.
Em uma declaração neste sábado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, comemorou a aprovação do documento pedindo um cessar-fogo na Assembleia Geral, o que foi considerado nos bastidores como um sinal de amplo consenso internacional e um isolamento crescente dos EUA e de Israel.
Guterres disse: “Nos últimos dias, fiquei encorajado pelo consenso crescente na comunidade internacional, incluindo países que apoiam Israel, sobre a necessidade de pelo menos uma pausa humanitária nos combates para possibilitar a libertação de reféns em Gaza, a evacuação de cidadãos de países terceiros e a ampliação maciça da entrega de ajuda humanitária à população de Gaza”.
Entretanto, segundo ele, Israel ignorou a aprovação. “Infelizmente, ao invés da pausa, me deparei com uma escalada sem precedentes dos bombardeios e seus impactos devastadores, prejudicando os objetivos humanitários mencionados”, afirmou.
Guterres também expressou grande preocupação com a equipe da ONU em Gaza, que está lá para fornecer assistência humanitária, devido à interrupção nas comunicações.
“Essa situação precisa ser revertida. Reitero firmemente meu apelo por um cessar-fogo humanitário imediato, juntamente com a libertação incondicional dos reféns e a entrega de ajuda humanitária em níveis que correspondam às necessidades dramáticas da população de Gaza, onde uma catástrofe humanitária está se desenrolando diante de nossos olhos”, ressaltou.
Guterres reforçou o que tem dito nos últimos dias: “este é o momento da verdade. Todos devem assumir suas responsabilidades. A história nos julgará a todos”.
Fonte: https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2023/10/28/brasil-pode-convocar-neste-domingo-conselho-da-onu-em-carater-de-emergencia.htm