Paula Gama: Elétrico usado: quando vale levar carro mais barato e quais são as furadas

Decifrando o uso de carros elétricos: vantagens e desvantagens ao optar por um veículo mais acessível, segundo Paula Gama

Atualmente, de acordo com o especialista, o preço está em torno de US$ 110 por kWh, uma significativa redução que faz com que o pacote custe entre R$ 16 mil e R$ 53 mil, dependendo da marca e da capacidade. Segundo Marinho, espera-se que esse valor caia para US$ 80 por kWh nos próximos anos, diminuindo o custo da substituição completa para entre R$ 11,5 mil e R$ 39 mil. No entanto, na prática, ao invés de substituir toda a bateria do veículo de uma vez, a substituição é feita por módulos, ajustando apenas o que está danificado, o que reduz o preço da manutenção.

“A bateria do veículo elétrico oferece dois parâmetros: autonomia e potência. É isso que ela vai perder ao longo dos anos, mas leva tempo para que o usuário perceba. Em oito anos de uso, por exemplo, período normalmente coberto pelas garantias das montadoras, geralmente ela ainda não mostra sinais de deterioração”, explica.

Para o membro da SAE, é natural que, ao longo do tempo, as montadoras passem a aceitar as baterias usadas como parte do pagamento pela nova, uma vez que elas têm valor de revenda e podem ser utilizadas para outras funcionalidades além de propulsão veicular.

David Noronha, Fundador e CEO da Energy Source, empresa que remanufatura, repara, reutiliza e recicla baterias, explica que, se utilizada corretamente, uma bateria pode durar cerca de 15 anos em um veículo elétrico. Após esse período, ela pode seguir por alguns caminhos: ser útil por, pelo menos, mais sete anos em seu segundo ciclo de vida, como bateria estacionária; ser remanufaturada e vendida por 60% a 70% do valor de uma nova; ou ser reciclada para uso dos metais em outras indústrias.

“Em alguns anos, quando os carros elétricos vendidos hoje precisarem substituir a bateria, é possível que as pessoas as vendam, ou mais provavelmente, as utilizem como parte do pagamento por uma nova, assim como ocorre com as baterias de chumbo dos veículos convencionais”, afirma.

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e cite a fonte deste artigo como https://www.uol.com.br/carros/colunas/paula-gama/2023/10/28/eletrico-usado-vale-a-pena-quando-e-uma-boa-e-quando-e-mico.htm.


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