Isso demonstra que Israel está preocupado com as imagens de mortos e feridos provenientes da Faixa de Gaza. De acordo com o serviço de saúde palestino, mais de 7 mil pessoas perderam a vida desde o início dos bombardeios e do bloqueio que tem causado uma crise humanitária, impedindo o fornecimento normal de eletricidade, água, comida, combustível e remédios.
Em resposta a essa situação, o representante da Palestina, Riyad Mansour, pediu o fim dos ataques, destacando que o número de crianças mortas em Gaza por Israel já ultrapassou 3 mil nesta quinta-feira. Essa discussão, é claro, gerou um tumulto.
Imagine se no plenário da Organização das Nações Unidas fosse exibido um verdadeiro horror show, onde israelenses e palestinos mostrassem vídeos com os piores assassinatos cometidos pelo Hamas ou pelo Exército de Israel. Entretanto, é isso que está acontecendo nas redes sociais.
A diferença é que, logo após o dia 7 de outubro, as imagens chocantes geralmente vinham de Israel. Agora, com o agravamento da retaliação, temos visto imagens terríveis diariamente saindo de Gaza – lembrando que esse território, há 17 anos sob cerco, já era conhecido por suas imagens impactantes.
A dor pela perda de um ente querido não pode ser medida ou comparada. Porém, o desequilíbrio em um conflito pode. E a proporção de 5 mortos em Gaza para cada morto em Israel, mesmo antes da invasão terrestre das tropas de Tel Aviv, mostra que o terrível terrorismo está sendo respondido com uma punição coletiva abominável.
Um dos políticos palestinos mais conhecidos, o médico Mustafa Barghouti, secretário-geral do partido político Iniciativa Nacional Palestina e não simpatizante do Hamas ou do primeiro-ministro Netanyahu, afirmou dias atrás que, logo após o ataque do dia 7 de outubro, o mundo ficou chocado com a morte de civis israelenses. E que o governo de Tel Aviv estava se aproveitando disso para justificar um massacre sem precedentes.
Este artigo foi baseado em informações obtidas em https://noticias.uol.com.br/colunas/leonardo-sakamoto/2023/10/26/israel-mostra-decapitacao-na-onu-para-abafar-3-mil-criancas-mortas-em-gaza.htm