As mudanças de funções durante o jogo ocorrem devido às alterações de esquema e posicionamento da equipe feitas por Fernando Diniz. Nas semifinais contra o Internacional, o Fluminense terminou o jogo completamente diferente da forma como começou.
No início do jogo no Beira-Rio, o técnico optou por uma armação mais conservadora, com Alexsander atuando como segundo volante para dar suporte a Marcelo, deixando John Kennedy no banco. Essa estratégia foi oposta à adotada no Maracanã.
Consequentemente, o Internacional dominou completamente o jogo nessa etapa, assim como havia feito anteriormente. A equipe colorada controlava amplamente os espaços, tanto na defesa quanto no ataque, tornando a posse de bola do Fluminense ineficaz. O Internacional exerceu um forte domínio nos primeiros 20 minutos, resultando em um gol. Em seguida, recuou e bloqueou as jogadas do Fluminense, marcando de forma compacta e impedindo as aproximações dos adversários.
Diante da superioridade da proposta do rival até aquele momento, Diniz decidiu arriscar tudo no intervalo. A entrada de John Kennedy e Martinelli colocou o Fluminense em uma postura mais ofensiva, com André atuando como zagueiro, e a equipe esperava pressionar o Internacional.
Agora, é fácil dizer que essa tática foi bem-sucedida, já que o Fluminense está na sua segunda final da Libertadores. No entanto, é importante lembrar que o Internacional teve duas oportunidades claras de gol com Enner Valencia, que poderiam ter encerrado o confronto. Considerando todo o jogo, um empate ou até mesmo uma vitória do Internacional teriam refletido mais as chances criadas.
No entanto, o futebol não segue uma lógica tão simples. O risco estava presente e era conhecido. Conforme dizia o tricolor Nelson Rodrigues, “sem sorte, não se ganha nem um Chicabon”.
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