As informações reveladas em reportagens recentes do UOL mostram uma realidade totalmente diferente. Embora a delação premiada, homologada no início de setembro, esteja sob sigilo, os fatos já divulgados são politicamente danosos para o ex-presidente.
O ex-assessor de Bolsonaro, Mauro Cid, revelou à Polícia Federal o envolvimento de seu ex-chefe em ações como falsificação de certificados de vacinação, conspiração para um golpe de Estado e até mesmo uma ideia absurda de esconder aliados prestes a serem presos, conforme divulgado pelo UOL nesta terça-feira (31).
De acordo com a PF, a informação mais comprometedora foi a descoberta de um plano de golpe planejado por Jair Bolsonaro, com uma minuta elaborada por seu ex-assessor Filipe Martins, e a concordância do então comandante da Marinha, Almir Garnier. O plano não foi adiante porque não teve o apoio dos demais comandantes das Forças Armadas.
Essa revelação inédita foi considerada essencial para a aceitação do acordo de delação premiada. Até o momento, a defesa do ex-presidente tem negado categoricamente cada uma das acusações feitas por Cid na delação. Filipe Martins e Almir Garnier nunca se pronunciaram sobre os fatos.
Além disso, Cid traçou um panorama do papel dos principais integrantes do bolsonarismo nos ataques à democracia.
Em seus depoimentos, o ex-assessor de Bolsonaro expôs o funcionamento do chamado Gabinete do Ódio, um grupo de assessores do Palácio suspeito de comandar ataques às instituições democráticas nas redes sociais, e também detalhou a participação dos principais ministros e políticos aliados de Bolsonaro nesse processo.
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