O presidente Bolsonaro foi condenado em junho pelo TSE em relação ao encontro que teve com embaixadores estrangeiros. Como resultado, ele está atualmente inelegível pelos próximos oito anos. Se ele for condenado novamente, a situação permanecerá a mesma pelo mesmo período.
Após essa condenação, o relator Benedito Gonçalves acelerou outros processos contra o ex-presidente. Uma ala do tribunal está buscando reforçar a ideia de que Bolsonaro se tornou inelegível não apenas devido à reunião com embaixadores, mas também por uma série de outros crimes cometidos durante a campanha de 2022.
Como corregedor, Benedito Gonçalves é o relator de todas as ações em andamento contra o presidente. Seu mandato termina em 9 de novembro, e ele deseja que o julgamento seja concluído enquanto ele ainda estiver ocupando essa posição. Até lá, o TSE tem nove sessões de julgamento agendadas.
Raul Araujo assumirá o lugar de Gonçalves. No julgamento de junho, Gonçalves votou pela condenação de Bolsonaro, e a expectativa é que ele mantenha essa posição. Por outro lado, Araujo é visto como aliado do ex-presidente. Durante a campanha do ano passado, ele proibiu discursos político-eleitorais no festival Lolapalloza a pedido do partido do então presidente.
As ações movidas pela coligação Brasil da Esperança, pelo PDT e pela senadora Soraya Thronicke afirmam que Bolsonaro cometeu abuso político ao transformar a comemoração do 7 de Setembro em um evento eleitoral. Todas essas ações alegam que o ex-presidente usou o evento para fazer campanha a favor de sua reeleição.